quarta-feira, 17 de outubro de 2012

COORDENAÇÃO DO CENTRO REGIONAL DE REFERÊNCIA DO IFPB PARTICIPA DE COMISSÃO DA SENAD PARA ELABORAÇÃO DE CURSO À DISTÂNCIA PARA 2013


                             
Reunião na SENAD para discutir ampliação das ações do CRR-IFPB

A Coordenadora do Centro Regional de Referência para a Capacitação de Profissionais que atuam na Rede de Atenção aos Usuários de Crack e outras Drogas (CRR-IFPB), professora Vania Medeiros, foi incluída em uma comissão da Secretária Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas (SENAD), órgão do Ministério da Justiça, para elaboração do projeto de um curso à distância na área de Tratamento Comunitário para o próximo ano .
            A professora Vania Medeiros participou de uma reunião, ontem (16), com a Secretária da SENAD, doutora Paulina Duarte Vieira, no Gabinete da Secretaria, no Ministério da Justiça, em Brasília-DF, para planejamento das diretrizes a serem implementadas na elaboração do referido curso. Também estavam presentes à reunião os demais membros que comporão a comissão para elaboração do Curso à Distância em Tratamento Comunitário: a Diretora de Planejamento e Avaliação da SENAD,  Cátia Betânia Chagas; a psicóloga Raquel Barros, presidenta do Instituto Empodera (Sorocaba-SP), fundadora da Associação Lua Nova e mentora do projeto do curso em Tratamento Comunitário. A professora Maria Aparecida Penso, consultora do CRR-IFPB, também participou da reunião representando a Universidade Católica de Brasília, e o jornalista Crisvalter Medeiros, coordenador-adjunto do Núcleo de Estudos Trandisciplinares em Dependência Química (Netdeq-IFPB).
           O curso de Tratamento Comunitário vai capacitar pessoas que desenvolvem atividades nas áreas de educação, trabalho, saúde, e dignidade humana com a finalidade de diminuir vulnerabilidades ao uso de crack e outras drogas, em âmbito nacional, com uma previsão inicial de atingir um público de 15 mil alunos.
            Ao final da reunião, a Secretária Nacional de Políticas sobre Drogas, Doutora Paulina Duarte Vieira, concedeu entrevista ao jornalista Crisvalter Medeiros, enfocando a importância dos Centros Regionais de Referência no plano nacional de enfrentamento ao crack e outras drogas.

Crisvalter Medeiros: Doutora Paulina, quais as medidas que estão sendo implementadas pela SENAD para consolidar o plano nacional de enfrentamento ao crack e outras drogas?
Paulina Duarte: Acho importante destacar que em relação à questão das drogas,  seja crack, álcool, cocoaína ou maconha não há uma solução mágica, as respostas mais efetivas, e que vem sendo apresentadas no mundo todo, são aquelas que tem sustentabilidade.  Nesse sentido, o plano nacional de enfrentamento ao crack e outras drogas já traz uma grande novidade, em termos de sustentabilidade, que é o projeto dos Centros Regionais de Referência (CRRs). Esses Centros são polos regionais inseridos em instituições públicas de ensino superior que tem a capacidade de produzir conhecimento, formar recursos humanos e, essencialmente, articular a rede de serviços. Este é o grande diferencial do plano nacional de enfrentamento ao  uso de crack e outras drogas, em termos de sustentabilidade e de resposta efetiva a essa questão.

Crisvalter Medeiros: Quantos Centros Regionais de Referência estão funcionando, efetivamente, no País?
Paulina Duarte: Num primeiro momento, nós tivemos a afiliação de 49 universidades e outras instituições de ensino superior. Para este ano, já aprovamos mais 13 Centros; portanto, teremos ao final de 2012, 65 CRRs implantados em diferentes Estados e regiões do País como polos de implementação das discussões sobre o problema das drogas, produzindo conhecimento, formando recursos humanos e articulando a rede de profissionais.

Crisvalter Medeiros: Qual o planejamento orçamentário da SENAD para as implementações relacionadas aos CRRs?
Paulina Duarte: Já foram investidos recursos na ordem de 12 milhões de reais na implantação dos Centros. A expectativa é formar cerca de 15 mil profissionais por ano nesses Centros.

Crisvalter Medeiros: Muitas universidades ainda resistem à inserção da temática sobre das drogas nos seus cursos. A implantação dos CRRs pode contribuir para minimizar essa resistência das universidades em trabalhar essa questão?
Paulina Duarte: Eu não acho que existe resistência das universidades sobre o tema das drogas. Eu entendo que há uma certa cautela das universidades em direção ao desconhecido. O tema droga ainda não é prioridade em termos de discussão e de produção de conhecimento. Portanto, eu vejo a implantação dos Centros Regionais de Referência como o grande prenúncio de abertura a essa nova possibilidade de trazer esse tema, que é tão atual e importante nos aspectos de saúde, segurança e nos outros domínios da vida do cidadão, para se estimular essa discussão na sociedade.

Crisvalter Medeiros: O fato da temática da droga trabalhar com aspectos ilícitos tem alguma relação com a dificuldade de inseri-lo, de forma mais ampliada, nos contextos do ensino e da pesquisa nas universidades?
Paulina Duarte. Não! Não vejo isso absolutamente. Repito, não vejo resistência nas universidades a essa temática, mas cautela ao novo, ao desconhecido. Entretanto, isso está mudando, a prova é a resposta de adesão das instituições de ensino superior ao edital de implantação dos CRRs,  recebemos mais de 70 projetos. Acho que é apenas uma questão de tempo para todas as universidades do País aderirem à temática das drogas.

Crisvalter Medeiros:  Os CRRs estão atuando mais na área da capacitação profissional. Qual a possibilidade de focar também na prevenção e reinserção social?
Paulina Duarte: Os Centros Regionais de Referência já trabalham com o foco na prevenção e na reinserção social. Embora a princípio os Centros tivessem cursos mais voltados aos profissionais de saúde e assistência social, toda a lógica de formação é desenvolvida como um todo na perspectiva das ações na área de promoção à saúde, da prevenção ao uso de drogas e do tratamento nos seus diferentes modelos, bem como à reinserção social.

Crisvalter Medeiros: Paulina, qual é o grande objetivo da SENAD com relação aos CRRs. É manter uma rede de centros de formação em todo o País, com apoio orçamentário, ou que esses centros sejam, paulatinamente, inseridos nos contextos administrativos das instituições nas quais estão funcionando como projetos de extensão?
Paulina Duarte: Esses Centros fazem parte de um projeto de enfrentamento ao crack e outras drogas; portanto, o objetivo da SENAD, com relação a eles, é dar sustentabilidade ao plano de enfrentamento ao crack e outras drogas, a partir do espaço legítimo da produção de conhecimento, de discussão das ideais, formação de recursos humanos, iniciativas que perfazem o dia-a-dia das instituições de ensino superior. Desta forma, o objetivo da SENAD, com relação aos Centros Regionais, é dar sustentabilidade ao plano de enfrentamento ao crack por meio da produção de conhecimento, formação de recursos humanos e articulação das redes.

Crisvalter Medeiors: Doutora Paulina, você já tem alguma avaliação do resultado desses Centros no contexto mais amplo  de enfrentamento da questão das drogas?
Paulina Duarte: Nós já temos alguma avaliação porque os Centros foram implantados a partir de projetos que concorreram aos editais públicos do Governo Federal. Posso afirmar, portanto, que a procura de outras instituições de ensino superior e dos profissionais para implantação desses Centros tem sido muito grande.



terça-feira, 9 de outubro de 2012

VANIA MEDEIROS PARTICIPA DE REUNIÃO NA SENAD, EM BRASÍLIA-DF, PARA DISCUTIR IMPLEMENTAÇÕES NO PLANO DE CAPACITAÇÃO DO CRRR-IFPB PARA 2013


  
A secretária Paulina Duarte (SENAD), ladeada pelas professoras Vania Medeiros e Vania Vasconcelos (UFRN)

A professora Vania Medeiros, coordenadora do Centro Regional de Referência (CRR), órgão que capacita profissionais na área de crack e outras drogas, na Paraíba, participa na próxima terça-feira (16), pela manhã, de uma reunião com a Secretária Nacional de Políticas sobre Drogas, Drª. Paulina Duarte Vieira, e a presidente do Instituto Empodera, com sede em São Paulo, psicóloga Raquel Barros. A reunião acontecerá no Ministério da Justiça, em Brasília-DF.
A professora Vania Medeiros informou que na referida reunião serão discutidos encaminhamentos para construção de uma parceria entre o CRR do IFPB e o Instituto Empodera. Raquel Barros pretende apresentar uma proposta, à SENAD, de realização de um curso na área de Tratamento Comunitário, em âmbito nacional,  a ser certificado pelo CRR da Paraíba.
O projeto de manutenção e ampliação do CRR da Paraíba, que está ligado administrativamente ao Núcleo de Estudos Trandisciplinares em Dependência Química (NETDEQ), da Pró-Reitoria de Extensão, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba (IFPB), foi enviado na última sexta-feira (05), pela Reitoria do IFPB, à SENAD. Será discutida também nesta reunião a agenda do CRR para a Paraíba. A agenda prevê cursos de capacitação para profissionais com início já em 2012, e finalização em 2013. Os cursos do CRR serão ministrados em parceria com as Secretarias de Estado do Desenvolvimento Humano (SEDH) e da Saúde; Secretarias de Desenvolvimento Social e de Saúde do Município de João Pessoa.
O projeto do CRR da Paraíba está orçado em R$ 370 mil reais,  previstos para 2013, com repasse da Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (SENAD), do Ministério da Justiça. O Centro pretende capacitar 600 profissionais da Rede SUS, SUAS e operadores do direito para atuar na área de crack e outras drogas na região metropolitana de João Pessoa.  

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

CRR-IFPB VAI CAPACITAR 600 PROFISSIONAIS NA ÁREA DE DROGAS


A documentação da renovação do CRR foi encaminhada em tempo hábil

A professora Vania Medeiros encaminhou hoje (03), pela manhã, ao Reitor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba (IFPB), professor João Batista de Oliveira, o projeto de renovação do Centro Regional de Referência para a Formação de Profissionais na área de Drogas (CRR). O projeto é financiado pela Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (SENAD), órgão do Ministério da Justiça. O CRR foi iniciado na Paraíba, no ano passado, e capacitou 326 profissionais das redes SUS e SUAS, dentre médicos, psicólogos, assistentes sociais e outros atores da área de saúde e da assistência social.
Para este ano, está previsto a ampliação do número de vagas para 600, incluindo profissionais do Ministério Público e da área da Segurança Pública. O orçamento também foi incrementado para R$ 370 mil reais. O IFPB deverá enviar o projeto à SENAD até a próxima sexta-feira (05). O projeto do CRR integra o plano de ação de enfrentamento ao crack, do Governo do Estado da Paraíba, em parceria com a Secretaria de Estado do Desenvolvimento Humano, e com a Prefeitura Municipal de João Pessoa.
A iniciativa, que está inserida nas ações de extensão do IFPB, atende a uma demanda latente no campo profissional que é a capacitação na atenção aos usuários de crack e outras drogas. Desta forma, a instituição além de cumprir o seu papel educacional, também se insere na problemática social em uma das áreas que tem despertado grande preocupação das autoridades, em geral, dos educadores e, principalmente, das famílias.
Para este ano, estão previstos os cursos do currículo indicado pela SENAD, que são: Capacitação e atualização em crack e outras drogas, além das abordagens psicoterapêuticas de intervenção breve, entrevista motivacional, bem como a formação na área de inserção social, compondo a linha político-pedagógica da redução de danos e promoção da saúde. Também serão realizados dois seminários e um curso sobre a formação de Comunidades Recovery, uma abordagem social de sensibilização para inserção social de usuários de substâncias psicoativas.
 Segundo a professora Vania Medeiros, coordenadora do CRR, este ano será inserido no currículo o tema:  Tratamento Comunitário (TC), com o objetivo de promover a articulação entre os profissionais das redes de serviços públicos e iniciativas da comunidade. A capacitação em TC será ministrada pelo italiano, consultor da Caritas internacional, Efrem Milanese.
 Os cursos serão ministrados por uma equipe de profissionais multidisciplinar, envolvendo docentes do IFPB, da UFPB, UNB e UCB, além de especialista internacionais e de outros Estados do País.