domingo, 30 de junho de 2013

Curso do Prodequi/UnB se consolida como referência na prevenção ao uso de drogas no Brasil


Cerca de 250 tutores/educadores participaram, no sábado (29), no Auditório FINATEC, na Universidade de Brasília, do Ciclo de Debates sobre Prevenção ao Uso de Drogas nas Escoals. O evento finalizou a 5ª edição do Curso de Prevenção do Uso de Drogas para Educadores de Escolas Públicas, realizado pelo Programa de Estudos e Atenção às Dependências Químicas-Prodequi.

           
Na solenidade de abertura do evento, o representante do MEC, coordenador do Programa de Saúde na Escola, José Luiz, disse que no Plano Crack, é possível vencer, o eixo mais importante é o da prevenção e que, dentro deste eixo, o curso de prevenção Prodequi é a iniciativa de maior destaque. Segundo ele, o curso possibilita uma melhor aprendizagem sobre o fazer educação com prazer, sendo uma contribuição significativa da UNB na transformação da educação em âmbito nacional.
            A coordenadora do Prodequi, professora Fátima Sudbrack assinalou que o curso de prevenção para educadores não pretende dar respostas definitivas para a questão do uso de drogas, mas suscitar indagações importantes sobre como a sociedade enfrentar coletivamente essa problemática.
            O evento contou com a exposição de 120 pôsteres de  projetos desenvolvidos nas escolas sobre acompanhamento dos tutores. Na sua 5ª edição, o curso certificou mais de 31 mil cursistas das escolas públicas de todas as regiões do País.
            Para o diretor do Instituto de Psicologia da UNB, professor Hartmut Günter, o curso de prevenção do Prodequi contribui para o fortalecimento da indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão. O acadêmico assinalou que, neste caso, a pesquisa orienta a extensão e a extensão, por sua vez, serve para orientar o ensino.
            A diretora da Associação Brasileira de Estudos Multidisciplinares sobre Drogas (ABRAMD), professora Helena Albertani, lembrou que a população em situação educacional no ensino básico no Brasil, atualmente, atinge o quantitativo de 51 milhões de jovens, mais de um quarto da população brasileira. “Em decorrência dessa realidade a escola torna-se o ambiente mais adequado para a execução das políticas publicas sobre drogas”, enfatizou.
Na visão da diretora do CEAD/UnB, Wilsa Ramos, a experiência pedagógica do curso de prevenção do Prodequi é mais um avanço no desafio de integrar a tecnologia aos interesses sociais, através da educação à distância.
            O evento também promoveu a integração cultural entre gestores, educadores, educandos e a academia. Vale destacar que o representante do Ministério da Educação assumiu publicamente o compromisso para a realização da próxima edição do Curso de Prevenção do Uso de Drogas para Educadores de Escolas Públicas.

Foi realizada, ainda, a exposição de 120 trabalhos produzidos pelos alunos da 5ª edição do Curso de Prevenção para Educadores de Escolas Públicas e a participação de grupos culturais do Distrito Federal.
            O evento foi encerrado com a troca de experiências entre os participantes de edições anteriores do referido curso. Neste momento, a professora Vania Medeiros, que participou da 3ª edição do referido curso, fez uma rápida explanação sobre a importância da iniciativa para os educadores da Paraíba.  



sexta-feira, 14 de junho de 2013

I Congresso Brasileiro sobre Saúde Mental e Dependência Química traz o debate sobre drogas para a UFPB

A Universidade Federal da Paraíba (UFPB) realizou no período de 12 a 14, de junho, o I Congresso Brasileiro de Saúde Mental e Dependência Química. O evento contou com mais de 600 participantes, entre profissionais, pesquisadores, professores e estudantes, de todas as regiões do País. Durante os três dias do evento foram atualizadas várias vertentes do conhecimento envolvendo a questão do uso de drogas e dependência química, no contexto da saúde mental.
           
Na abertura do evento, que aconteceu na noite do dia 12, no Auditório da Reitoria, a coordenadora do Congresso, professora Silvana Carneiro Maciel, deu as boas vindas aos congressistas e enfatizou a importância da realização do evento para a ciência, a educação e a sociedade paraibana. Um momento de destaque, que emocionou a plateia, foi a participação do grupo musical “Oficina do Samba”, do Caps-ad Primavera, da Prefeitura Municipal de João Pessoa. O grupo é constituído por usuários de álcool e outras drogas que estão em recuperação.
A pesquisadora Carla Bicca, da Associação Brasileira de Estudo do Álcool e Drogas (ABEAD), fez a palestra de abertura do evento, enfocando o tema da prevenção. Segundo ela, o álcool ainda é a substância psicoativa, cujo consumo, ainda causa os maiores problemas à população.
           O evento contou com várias palestras e mesas redondas sobre os mais diversos temas sobre a problemática das drogas. Foram enfocados  os temas da prevenção, tratamento e reinserção a partir das políticas públicas nos contextos da saúde mental, direitos humanos, ciência e educação.
           
A coordenadora do CRR, professora Vania Medeiros participou da mesa sobre “Os desafios da prevenção e do tratamento da dependência química: articulação do social, da família, da escola e da justiça”. A mesa foi composta com a participação dos pesquisadores Gilberto Lúcio, do Ministério Público de Pernambuco, e Carla Bicca, da ABEAD. A professora Vania Medeiros fez explanação sobre os processos formativos na área de drogas, a partir da teoria da complexidade. O jornalista Crisvalter Medeiros, mestrando em Serviço Social da UFPB, que integra da equipe do CRR, apresentou trabalho oral sobre a Experiência do CRR na Paraíba.
           
O Congresso Brasileiro sobre Saúde Mental e Dependência Química foi uma das realizações mais importantes, nessa área, das últimas décadas na Paraíba. O evento é uma indicação de que a UFPB assumiu, efetivamente, a pesquisa e a formação acadêmicas envolvendo a questão da dependência química no contexto da saúde.




ENCERRAMENTO

           
O médico psiquiatra Sérgio de Paula Ramos, da Associação Brasileira de Estudos sobre o Álcool e outras Drogas (ABEAD), fez a conferência de encerramento do evento, ontem, às 18 horas, no auditório 412, do CCHLA, da UFPB. Na palestra, o médico demonstrou preocupação com os movimentos pró-legalização do uso de maconha e alertou os participantes sobre a falta de estrutura do sistema de saúde, atualmente, para lidar com o aumento no consumo de substâncias psicoativas que a legalização poderia acarretar.
            A principal preocupação do médico é com a vulnerabilidade dos adolescentes no contexto da legalização devido ao risco de se criar uma cultura de normalização do uso de maconha. Segundo ele, o uso continuado dessa substância causa dependência e desvia os jovens da sua vida educacional e produtiva.
Para Ramos, a legalização da maconha em alguns países resultou no aumento estatístico da epidemiologia  da dependência química. O médico fez uma analogia sobre o que acontece atualmente com relação à maconha e o movimento de popularização do uso de tabaco no início  do século passado. Segundo ele, a indústria do tabaco está repetindo os mesmos argumentos que foram utilizados para fazer propaganda do tabaco, para promover o uso da maconha, a exemplo da utilização medicinal e os direitos humanos.

A professora Silvana Maciel, coordenadora do grupo de pesquisa em saúde mental e dependência química, fez o encerramento oficial do evento, garantindo a continuidade da proposta como uma iniciativa da UFPB, mesmo que algumas  edições do congresso aconteçam em outras instituições. Silvana sugeriu que o congresso continue aglutinando os discursos das diversas correntes acadêmicas da área e que seja um espaço democrático das expressões ideológicas das mais diversas visões sobre a temática.

LANÇAMENTO DE LIVRO:

A professora da Universidade Católica de Brasília, Maria Aparecida Penso, lançou o livro: "Os jovens pedem socorro", na abertura do I Congresso Brasileiro de Saúde Mental e Dependência Química, da UFPB.

Maria Aparecida Penso, no centro, ladeada pelas professoras Maria Nilza (Serviço Social UFPB) e Vania Medeiros (CRR-IFPB)


sexta-feira, 7 de junho de 2013

ATORES DO DIREITO PARTICIPAM DE REUNIÃO NA ESMA COM EQUIPE DO CRR-IFPB

As professoras Vania Medeiros (IFPB) e Nilza Ramalho (UFPB) estiveram reunidas hoje (07), pela manhã, na sede da Escola da Magistratura da Paraíba (ESMA), no Altiplano Cabo Branco, em João Pessoa, com representantes da Justiça e Ministério Público. A reunião teve o objetivo de aprofundar as articulações para composição do quadro dos servidores do Sistema de Justiça para os cursos do Centro Regional de Referência (CRR), órgão responsável pela capacitação profissional do plano “Crack, é possível vencer”.
O CRR é coordenado e financiado pela Secretária Nacional de Políticas sobre Drogas (SENAD), do Ministério da Justiça, e executado na Paraíba pelo IFPB com parceria da UFPB. As ações terão prosseguimento com outra reunião na próxima terça-feira (11), na Fundação Escola Superior do Ministério Público (FESMIP), para os últimos acertos para a formação das turmas com os atores do Direito na Paraíba.
A SENAD estará oferecendo, em nível nacional, dentro do plano “Crack, é  possível vencer”, seis cursos para o biênio 2013/2014: Atenção Integral aos usuários de crack e outras drogas, para equipes multiprofissionais do PSF; Curso de aperfeiçoamento para trabalhadores de hospital geral; Intervenção breve e aconselhamento motivacional, para redutores de danos e outros agentes sociais; Gerenciamento de caso e reinserção social, para atores da Rede SUS e SUAS. Este ano a SENAD incluiu dois cursos sobre atenção integral para o Sistema de Justiça.
Na opinião da Juíza Maria Aparecida Sarmento Gadelha, Coordenadora de Extensão da ESMA, este será um grande momento para a Justiça dar prosseguimento às ações que  estão sendo realizadas nessa área e começar a trabalhar em rede. Segundo ela, os juízes precisam de uma abertura para vencer as dificuldades de encaminhamento  nessa área superando, principalmente, as barreiras da linguagem.
Além das juízas Maria Aparecida Gadelha e Anna Carla Falcão da Cunha Lima Alves, também participaram da reunião: Maria de Fátima Pessoa V. Silva, Gerente Acadêmica da Esma; Andréa Coutinho M. Leone, Assessora Esma; Ângela Fernandes, psicóloga do Núcleo de Solução de Conflitos; Maria Nilza Ramalho, professora UFPB; Crisvalter Medeiros, jornalista (IFPB); Josefa Elizabete P. Barbosa, Defensora Púbica; Edudenize R. Alves, Defensora do Núcleo Psicossocial de Penas Alternativas, e Isabela Lira, da assessoria da Vara de Penas Alternativas.
Na referida reunião, a professora Vania Medeiros, Coordenadora do CRR, apresentou a estrutura dos cursos do centro e a equipe de professores, que é composta por docentes da UnB, UCB; UNIAD-UNIFESP, UFPB, além de profissionais da rede de atenção aos usuários de crack e outras drogas da Paraíba e de outros Estados.   

terça-feira, 4 de junho de 2013

COORDENADORA DO CRR, PROFESSORA VANIA MEDEIROS, REALIZA UMA DIA DE ARTICULAÇÕES COM A JUSTIÇA PARAIBANA

 Articulação na ESMA

A coordenadora do Centro de Referência Regional (CRR), órgão apoiado pela Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (SENAD), do Ministério da Justiça, professora Vania Medeiros, realizou, ontem (04), um dia de articulações com o Sistema Judicial da Paraíba. A iniciativa teve o objetivo de formar as turmas de servidores da área para os cursos de capacitação do plano “Crack, é possível vencer”, para o período 2013/2014. As articulações foram realizadas com o apoio da professora do Departamento de Serviço Social da UFPB, Nilza Ramalho.
            O CRR é uma ação intersetorial estruturante na área de formação  do plano “Crack, é possível vencer”, do Governo Federal. O órgão será executado na Paraíba pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba (IFPB) em parceria com a UFPB, Secretarias do Governo do Estado, Prefeitura Municipal de João Pessoa e o Sistema de Justiça da Paraíba.

            A professora esteve reunida, na parte da manhã, com a doutora Fátima Pessoa, gerente acadêmica da Escola Superior da Magistratura (ESMA); e a assessora do órgão, doutora Andréa Coutinho. Vania Medeiros apresentou os objetivos do CRR às servidoras da entidade e, em seguida, foi discutida a melhor  forma de articular uma turma de magistrados para participar da formação do CRR. Os Juízes e servidores do judiciário receberão formação com sensibilização para os problemas do crack e outras drogas, além de técnicas de abordagem, a exemplo de intervenção breve e gestão de caso e reinserção social de usuários de crack e outras drogas.

Com o Diretor da FESMIP

           
As professoras também conseguiram se reunir com o diretor da Fundação Escola Superior do Ministério Público (FESMIP), doutor Glauberto Bezerra. O promotor garantiu apoio às professoras para a formação da turma de servidores do Ministério Público nos cursos do CRR.

No final da manhã, as professoras se reuniram, ainda, com o Defensor Público-Geral, Vanildo Oliveira Brito e a defensora Elizabete Barbosa, da Vara de Execução de  Penas Alternativas. Ficou acertado, nessa reunião, que a Defensoria Pública vai designar um servidor para compor a comissão de inscrição dos cursos do CRR, além de promover articulação junto aos Defensores Públicos do Estado da Paraíba, para participação nos referidos cursos.


No período da tarde, a mobilização foi dirigida às Promotorias da Criança e do Adolescente. As professoras Vania Medeiros e Nilza Ramalho visitaram a Promotora Soraya Escorel, do Centro de Apoio Operacional dessas promotorias (CAOP). No encontro com a gestora, ficou acertado que no próximo dia 11 de junho, acontecerá uma reunião entre FESMIP e CAOP sob a coordenação do CRR. Nesta reunião será discutido um plano estratégico que garanta a participação dos profissionais que atuam na defesa dos direitos da criança e do adolescente e sua integração nos grupos intersetoriais de trabalho a serem desenvolvidos no CRR. 
 Com a Promotora Soraya Escorel