sexta-feira, 29 de outubro de 2010

PARAÍBA AVANÇA NO CAMPO CIENTÍFICO SOBRE DROGAS


A I Jornada da Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas (ABEAD) já conta com 323 inscrições e 58 trabalhos científicos, em forma de pôsters, que serão apresentados no evento. A comissão organizadora informou que a abertura da Jornada acontecerá na próxima quarta-feira (03), às 18h30, no auditório do Hotel Caiçara, Av. Olinda, 235, na Praia de Tambaú., João Pessoa-PB.

O médico psiquiatra Dr. Carlos Salgado, presidente da ABEAD e preceptor da residência médica do Hospital Materno Infantil - Presidente Vargas de Porto Alegre-RS., vai fazer a conferência de abertura abordando o tema central do evento: Atuação do profissional no campo da drogadicção: valores éticos e direitos humanos.

O evento é o resultado de uma parceria da ABEAD com a Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Instituto Federal da Paraíba (IFPB) e CEM/FAMENE.  As inscrições podem ser feitas até o dia do evento, pelo endereço: http://www.abead.com.br/eventos/paraiba/ 

Segundo a professora Vania Medeiros, da comissão organizadora do evento, a partir da próxima semana a Paraíba vai pensar as políticas públicas sobre drogas com uma visão mais científica e menos preconceituosa e estigmatizadora. “Precisamos adotar critérios científicos, principalmente na área da prevenção, suplantando os mitos que dão sustentação a muitas improvisações nessa área”.

A Jornada da ABEAD será uma oportunidade para os profissionais paraibanos se atualizar e interagir com os especialistas mais renomados do país na área de políticas públicas sobre drogas, seja na prevenção, intervenção ou tratamento.  O evento contará com a participação de pesquisadores das áreas de saúde pública, educação, assistência social, justiça e ciências sociais. Participam do grupo de palestrantes: o psiquiatra Dr. Carlos Salgado, presidente da ABEAD e preceptor da residência médica do Hospital Materno Infantil Presidente Vargas de Porto Alegre; doutora Inês Gandolfo, da UnB; professora Aparecida Penso, psicodramatista e terapeuta familiar da UCB; doutora Ana Cecília Marques, Uniad/Unifesp; Marta Klumb Oliveira, coordenadora do Programa Saúde na Escola (MEC); Ana Sudária, da Secretaria de Atenção à Saúde do Adolescente, (MS); Drª Nívea Maria Polezer, da Secretaria Nacional de Assistência Social (MDS), dentre outros.

A ABEAD é uma associação que congrega profissionais e pesquisadores do campo da dependência química no Brasil, com afiliados e representações no exterior. O quadro de associados da entidade é composto por psiquiatras, assistentes sociais, enfermeiros, advogados, líderes comunitários, consultores e professores. Atuando no campo da pesquisa científica sobre álcool, tabaco e outras drogas desde 1989, a ABEAD é uma entidade civil, sem fins lucrativos, com sua sede estável em Porto Alegre.

O avanço do uso de drogas em todos os estratos sociais, prejudicando principalmente jovens e adolescentes, justifica os esforços para inserir os profissionais paraibanos no campo dos estudos científicos sobre a drogadição. O evento estará aberto a todos os que se interessam pelo aprofundamento dos conhecimentos na referida área podendo, inclusive, aderirem ao quadro de associados da ABEAD durante a jornada.

Com o objetivo de auto-financiar parte das despesas do evento, será estipulada uma taxa para as inscrições: estudantes: R$ 30,00 (trinta reais) e profissionais: R$ 50,00 (cinqüenta reais). Os valores devem ser depositados no Bando do Brasil (Ag. 2806-1-c/c 21706-9, com envio do comprovante via fax (83) 3222-3933-FUNETEC-PB ou e-mail: jornadapb@abead.com.br

Telefone para contato 8811-0272 (profª. Vânia Medeiros)

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

FOI ADIADO, PARA O PRÓXIMO DIA 25, O ENCERRAMENTO DAS INSCRIÇÕES DE TRABALHOS PARA A 1ª JORNADA DA ABEAD NA PARAÍBA



O prazo de encerramento para inscrições de trabalhos para a I Jornada da Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas na Paraíba (ABEAD) foi diado até o próximo dia 25. Para participação como ouvinte, a equipe organizadora estará recebendo inscrições até o dia primeiro de novembro. O evento será realizado no período de 03 a 05 de novembro, no Hotel Caiçara, av. Olinda, 235, na Praia de Tambaú.

O tema central da jornada é a “Atuação do Profissional no Campo da Drogadição: valores éticos e direitos humanos”. O evento será realizado através de parceria entre a ABEAD, Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e o Instituto Federal da Paraíba (IFPB).  As inscrições deverão ser feitas no endereço eletrônico:

Com o objetivo de auto-financiar parte das despesas do evento, foi estipulada uma taxa de inscrições para estudantes no valor de R$ 30,00 (trinta reais) e profissionais R$ 50,00 (cinqüenta reais). Os valores devem ser depositados no Bando do Brasil (Ag. 2806-1-c/c 21706-9, com envio do comprovante via fax (83) 3222-3933-FUNETEC-PB ou e-mail:  jornadapb@abead.com.br

O evento reunirá profissionais e pesquisadores de renome nas áreas de saúde pública, educação, assistência social, justiça e ciências sociais, a exemplo do psiquiatra Dr. Carlos Salgado, presidente da ABEAD; doutora Inês Gandolfo, da UnB; professora Aparecida Penso, psicodramatista e terapeuta familiar da UCB; doutora Ana Cecília Marques, Uniad; Marta Klumb Oliveira, coordenadora do Programa Saúde na Escola (MEC); Ana Sudária, da Secretaria de Atenção à Saúde do Adolescente, (MS); Drª Nívea Maria Polezer, da Secretaria Nacional de Assistência Social (MDS), dentre outros.

A ABEAD é uma associação que congrega profissionais e pesquisadores do campo da dependência química no Brasil, com afiliados e representações no exterior. O quadro de associados da entidade é composto por psiquiatras, assistentes sociais, enfermeiros, advogados, líderes comunitários, consultores e professores. Atuando no campo da pesquisa científica sobre álcool, tabaco e outras drogas desde 1989, a ABEAD é uma entidade civil, sem fins lucrativos, com sua sede estável em Porto Alegre.

O avanço do uso de drogas em todos os estratos sociais, prejudicando principalmente jovens e adolescentes, justifica os esforços para inserir os profissionais paraibanos no campo dos estudos científicos sobre a drogadição. O evento estará aberto a todos os que se interessam pelo aprofundamento dos conhecimentos na referida área. Os interessados em ter acompanhamento técnico-científico na área de drogadição poderão se associar à entidade durante o evento. Mais informações pelos telefones: (83) 3216-7312 ou 2107-4300.

VEJA PORGRAMAÇÃO DEFINITIVA (CONFIRMADA)








quarta-feira, 20 de outubro de 2010

SITE DA ABEAD ENTREVISTA PROFESSORA VANIA MEDEIROS, COORDENADORA DO NETDEQ-IFPB


Professora Vania Medeiros, coordenadora do NETDEQ

Vânia Medeiros é coordenadora das atividades do Núcleo de Estudos Transdisciplinares em Dependência Química – Netdeq/IFPB, membro da Abead e da comissão organizadora da Jornada Paraíbana. A convite da Abead, Vânia falou sobre o projeto que desenvolve no Nordeste. 

Jornalista Carolina Fagnani – Porto Alegre –RS

Como coordenadora do NETDEQ, órgão da Pró-Reitoria de Extensão do IFPB, como a senhora avalia o atual cenário da dependência química no país? A região Nordeste, em particular a Paraíba, possui as mesmas características dos outros estados? Se não, no que diferem?

 No segundo levantamento domiciliar de uso de drogas, a região Nordeste é a que apresenta o maior índice de dependência de álcool (16,9%). Entre os adolescentes, com idade de 13 a 17 anos, este índice é de 13,8%, também o mais alto do país. Nota-se que tem ocorrido um aumento no uso de drogas ilícitas. O problema se agrava ainda mais na Paraíba, porque as iniciativas públicas de disponibilização de leitos ou de atendimento nos centros especializados são muito menores que em outras regiões. Por outro lado, os empreendimentos particulares são ainda muito insignificantes para o atendimento da demanda. As pessoas que precisam de tratamento precisam sair para outras regiões, o que dificulta ainda mais a intervenção, tornando-a mais cara e restrita. Os grupos de mútua-ajuda, que em outras regiões se apresentam como um recurso alternativo, em nosso estado não estão consolidados. Com exceção do A.A., esses grupos locais têm se constituído em uma experiência intermitente, de difícil sustentabilidade. Na Paraíba, a formação especializada de profissionais e as ações institucionalizadas com investimentos públicos são fatos ainda recentes que não apresentaram resultados.

O núcleo que coordeno, o Netdeq-Núcleo de Estudos em Dependência Química, tem procurado construir dados acerca da realidade local das escolas. Uma pesquisa realizada em 2007, entre estudantes do ensino fundamental de uma escola pública de João Pessoa, apresentou um aumento relevante de uso na vida para as drogas ilícitas. Dados comparativos ao V levantamento entre estudantes (CEBRID, 2004), mostrou que para os inalantes o índice de uso é o dobro dos valores nacional e regional, e 1,5 mais alto que os dados municipais. Constatou-se que o uso de maconha, entre os estudantes investigados, foi o triplo de uso na vida que os dados regionais e municipais apresentam, e 2,4 vezes maior que o uso na vida, conforme os dados da pesquisa nacional. Outro aspecto importante diz respeito ao uso na vida de tabaco. Foi observado um aumento de quase o dobro em relação aos dados nacionais, regionais e municipais. Mesmo diante dessas peculiaridades, estou otimista com as ações que estão acontecendo em nosso estado. Há pouco mais de dois anos surgiu o COMAD, em João Pessoa; foi lançado recentemente o Programa Estadual de Políticas Públicas sobre Drogas; e inaugurado neste mês um CAPS-Ad III para atendimento à demanda estadual. Os dados que apresentamos podem ser significativas para o planejamento de ações que sejam eficientes não só no atendimento à dependência química, mas principalmente na prevenção. O COMAD realizou neste ano a I Conferência Municipal sobre Políticas  Públicas de Drogas e as escolas estiveram presentes nesta discussão refletindo e começando a acreditar na sua capacidade de intervenção. 


Em véspera de eleições presidenciais, como a senhora encara a preocupação dada ao tema pelos candidatos e pela mídia? As propostas estão de acordo com a necessidade? A região Nordeste recebe a atenção necessária por parte do Governo Federal?

O discurso da mídia é construído de acordo com os interesses dos veículos ou de grupos que esses veículos representam. Esse discurso também pode ser prejudicado pelas especificidades dos veículos que primam pelo imediatismo e sensacionalismo. Já os políticos, candidatos ou não, apenas reproduzem o discurso apressado da mídia. A mídia e os políticos são superficiais quando dão ênfase ao problema do crack, e dão pouco destaque aos problemas correlatos ao álcool. Para se construir uma intervenção eficaz no uso de drogas ilícitas deve-se considerar a epidemiologia das drogas lícitas. Sendo um tema complexo, creio que os candidatos às eleições presidenciais estão se protegendo de polêmicas. Gostaria de vê-los discutindo nos debates as propostas para a Política de Controle do Álcool e para a Rede de Atendimento à Dependência Química (que modelos de intervenção eles defendem e como vão fortalecer os recursos comunitários).

Com relação ao que foi feito no Nordeste, acho que os impactos na rede de atendimento são muito insignificantes, mas quero refletir nas Políticas Intersetorializadas que possibilitem ações integradas. As Políticas de Inclusão Social associadas às Políticas de Educação e de Saúde poderão nos levar a um quadro epidemiológico diferente. O Netdeq, por exemplo, é fruto da Política de Inclusão Social, que se pauta na expansão da rede de ensino profissional no país, com atenção à implementação das Políticas de Extensão associadas às Políticas sobre Drogas. O Caps III também é resultado de uma Política de Saúde Mental.

 Aqui na Paraíba estamos começando a entrar no cenário nacional de discussões e deixando de ser apenas números estatísticos que compõem a epidemiologia nacional. Agora, é um problema para se resolver a várias mãos, não adianta ter políticas nesta área sem pessoas interessadas em se envolver na execução delas. Necessitamos de mais atores e o desafio que estamos assumindo no nosso estado é sensibilizar profissionais, instituições e pessoas que tenham disponibilidade para se envolver com a causa da prevenção.

O seu projeto tem como objetivo promover estudos, pesquisas e desenvolver atividades de extensão na área de prevenção ao uso de drogas, principalmente nas escolas públicas e privadas. Em sua opinião, como a formação escolar se relaciona ao assunto? Como você avalia a importância da conscientização e especialização dos profissionais de educação?

 Sou educadora há mais de vinte anos e assisti a evolução dos problemas de uso de drogas entre estudantes no ensino médio e superior. Dou aulas no curso de Licenciatura em Química e estou muito próxima do sentimento de baixa auto-eficácia que está presente nos formandos, especialmente no que diz respeito ao atendimento a esta demanda. Vejo a importância de trabalhar com os professores, em processo de formação, um currículo que desenvolva habilidades e competências para que eles se transformem em atores de uma rede de apoio à saúde dos estudantes. Só conseguiremos ser eficazes na prevenção quando efetivarmos a associação das Políticas Públicas sobre Drogas às Políticas de Educação, já orientadas em 2006 pela Lei 11.343. No Netdeq, estamos desenvolvendo e avaliando práticas pedagógicas fundamentadas na teoria de rede social e nos pilares da transdisciplinaridade, indo para fora dos muros institucionais e rompendo as barreiras disciplinares para a integração de saberes. Além de termos inserido no currículo uma disciplina que trabalha os modelos de prevenção, construímos projetos de pesquisas que integram estudantes de diferentes níveis de ensino e áreas. Nos projetos de iniciação científica conseguimos integrar estudantes do ensino médio com graduandos das áreas de saúde, serviço social, comunicação, justiça, educação e tecnologia.

A metodologia do NETDEQ é a formação de técnicos e multiplicadores na área de políticas públicas sobre drogas. A senhora acredita que essa é a melhor maneira de combater o problema da drogadição, investir na capacitação dos profissionais? O que mais influencia no processo? Qual seria a receita ideal para enfrentar a questão?

 Na Paraíba, as iniciativas de formação de profissionais para atuar na implantação das Políticas Públicas sobre Drogas ainda são incipientes. Reconhecendo esta realidade assumimos a responsabilidade de articular iniciativas que possibilitem a capacitação continuada de profissionais das diversas áreas do conhecimento. Para um problema complexo são necessários diferentes olhares e saberes, nossos cursos, além de formar, também tem representado espaços de construção de ideias e projetos técnicos envolvendo atores sociais.

Como é a relação e a colaboração do projeto com as crianças e adolescentes da Paraíba? O projeto desenvolve atividades em outros Estados?

 O Netdeq propõe a formação de educadores e profissionais para a Rede de Atenção às Crianças e Adolescentes. Recentemente, articulamos uma parceria com a Unifesp que resultou no I Curso de Pós-Graduação do Nordeste em promoção da saúde e prevenção ao uso de substâncias psicoativas. Participaram do curso 54 profissionais da rede que atuam na Paraíba, Rio Grande do Norte, Pernambuco e Ceará. Outra parceria estabelecida com a UFPB e o Sistema de Atendimento Sócioeducativo possibilitou a formação de cerca de 400 profissionais do SUAS (Sistema Único de Assistência Social), envolvendo onze municípios do estado. A participação do Netdeq nesta iniciativa foi trabalhar a questão do uso de drogas por adolescentes e a importância da mobilização social para a construção de políticas públicas.

Quais são os planos para o futuro? Quais as metas que o NETDEQ pretende alcançar nos próximos anos?

 A principal meta do Netdeq é incluir o profissional da educação nas discussões e nas ações de intervenção desta realidade. Estamos planejando a IV versão na Paraíba do Seminário Nacional de Prevenção ao Uso de Drogas nas Escolas para o próximo ano. Pretendemos também desenvolver, avaliar e registrar experiências de caráter comunitário, que avancem para além dos muros da escola, integrando aos modelos educacionais de prevenção a metodologia de advocacy, com o objetivo de promover a mobilização social para a implantação das Políticas Públicas sobre Drogas. Estamos pautados na idéia de Paulo Freire que diz: o educador deve reconhecer e apreender a realidade dos educandos, assumir suas limitações, e buscar meios de superá-las; a prática educativa não deve ser ingênua e fundamentada apenas em intuição, mas em uma curiosidade epistemológica que impulsiona para a compreensão dos fatos.

Portanto, a nossa meta é articular os espaços de formação para o educador para que ele, a partir da compreensão dos fatos relacionados ao uso de drogas, possa ser um agente de transformação da sua realidade local integrando-se à comunidade e às diversas instituições envolvidas na intersetorialidade necessária à garantia dos direitos dos jovens em seus projetos de vida.

FONTE: BOLETIM DA ABEAD - Jornalista Carolina Fagnani – Porto Alegre –RS
(15/10/2010)

VEJA  A MATÉRIA NO SITE ORIGINAL

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

NETDEQ INICIA CURSO DE FORMAÇÃO DE EDUCADOR SOCIAL PARA A PREVENÇÃO ÀS DROGAS PARA EDUCADORES DO MUNICÍPIO DE CONDE-PB


Educadores em formação


A Pró-Reitora de Extensão do IFPB, professora Edelcides Gondim, recepcionou hoje (13), às 09 horas, na sala 13, da Pró-Reitoria, a equipe técnica da Secretaria de Educação do Município de Conde, no litoral paraibano, que iniciou o Curso de Formação de Educador Social para a Prevenção às Drogas. O curso de extensão com duração de 16 horas é ministrado pela equipe do NETDEQ – Núcleo de Estudos Transdisciplinares em Dependência Química, sob a coordenação da professora Vânia Medeiros, para um grupo de 20 alunos constituído de psicólogos, pedagogos, educadores e técnicos educacionais da Secretaria de Educação do referido município.

Na abertura do curso, a Pró-reitora Edelcides Gondim enfatizou a importância da iniciativa para a consolidação do processo de extensão na instituição. Segundo ela, a iniciativa é uma demonstração da responsabilidade social do IFPB para com a comunidade. A professora Vânia Medeiros esclareceu que o curso foi uma demanda dos educadores de Conde e que não há benefícios financeiros envolvidos para a equipe ministrante. “Somos movidos pelo interesse com a extensão acadêmica na área da prevenção”, assinalou a educadora.

O curso de Formação de Educador Social para a Prevenção às Drogas é uma preparação para um projeto amplo de prevenção que será deflagrado na comunidade de Conde pelo IFPB, através do NETDEQ, em parceria com a Secretaria de Educação daquele Município. A iniciativa viabilizará a realização de dois projetos acadêmicos: “Promover a mobilização da comunidade de Conde-PB para implantação do COMAD-Conselho Municipal sobre Drogas, aprovado no PROBEXT/2010; e “A expansão para o âmbito intermunicipal da ação educativa envolvendo a interdisciplinaridade entre geoprocessamento e a prevenção ao uso de drogas”.

Segundo a coordenadora do NETDEQ, professora Vânia Medeiros, no próximo ano a parceria com a Secretaria de Educação de Conde deverá resultar num projeto de extensão acadêmico a ser enviado ao PROEXT/MEC, além de outras iniciativas visando buscar parcerias para promover as ações educativas do NETDEQ.

sábado, 9 de outubro de 2010

INICIATIVA ANTI-DROGAS DE FHC SE TRANSFORMA EM AÇÃO MUNDIAL


Entre as propostas está a discussão sobre a descriminalização da maconha para uso pessoal

GENEBRA - A iniciativa do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso de reformular as políticas de combate às drogas se transformará em uma ação mundial. Fernando Henrique liderou nos últimos dois anos a Comissão Latino-Americana sobre Drogas e Democracia que preparou uma série de sugestões sobre como lidar com o fenômeno. Entre as medidas propostas está a avaliação sobre a possibilidade de descriminalização da posse de maconha para o consumo pessoal. Agora, a Comissão Latino-Americana se transformará em uma iniciativa internacional.

"Em janeiro vamos lançar essa nova iniciativa, com base no trabalho já feito na América Latina", afirmou ao Estado o ex-presidente da Colômbia, Cesar Gavíria. O colombiano também assessorou Fernando Henrique em sua iniciativa regional e revelou que, além da comissão internacional, o tema será alvo de uma atenção especial por parte da Fórum Econômico Mundial de Davos. Gavíria indicou que líderes políticos americanos, europeus e asiáticos também farão parte da nova iniciativa. "Não posso ainda revelar os nomes dos membros da comissão, mas serão algumas das pessoas mais influentes do mundo", disse o ex-presidente colombiano.

Outro membro do grupo, o escritor mexicano Carlos Fuentes, também confirmou ao Estado que a iniciativa ganhará proporções internacionais. "As políticas de combate às drogas não deram resultados e precisamos mudar de forma profunda o enfoque", disse. "A iniciativa na América Latina foi o primeiro passo. Mas precisamos agora um envolvimento global, já que a questão é também ver como lidar com os países importadores da droga", disse o escritor.

A conclusão por enquanto da Comissão Latino-americana é de que as políticas repressivas de combate às drogas na região fracassaram e alerta que a solução está em enfocar o consumo de drogas como um tema de saúde pública. Outra diretriz proposta é a de reduzir o consumo de drogas com o uso de campanhas de prevenção. Já a repressão não poderia estar nos consumidores, mas no crime organizado. De acordo com o estudo, isso ajudaria a diminuir a produção e a desmantelar redes de traficantes.
Para chegar a esse ponto, Fernando Henrique e seu grupo sugerem transformar os compradores de drogas em pacientes do sistema de saúde, e não em delinquentes.

Um dos temas mais delicados que será tratado pela nova comissão será o da conveniência ou não de descriminalizar a posse da maconha para consumo pessoal. Para isso, estudos médicos seriam usados e a situação de cada país também deveria ser considerada.

A constatação preliminar do grupo é de que a criminalização por si não diminuiu a demanda por drogas e ainda contribui para a superlotação de prisões. Além disso, apenas a repressão de consumidores não dá resultados e ainda abre brechas para a corrupção da polícia.

Jamil Chade, de O Estado de S.Paulo

USUÁRIOS DE MACONHA TÊM DUAS VEZES MAIS PROBLEMAS MENTAIS

Fumantes da droga se queixam de ansiedade, tristeza, melancolia e impaciência
20% dos usuários de maconha do sexo masculino se queixaram de problemas mentais, comparados a 10% entre os não-usuários
Um estudo realizado na Holanda, onde o uso da maconha é descriminalizado, aponta que usuários da droga têm o dobro do potencial de adquirir problemas mentais do que pessoas que não fumam o entorpecente.

O estudo, que foi realizado entre 2007 a 2009, com 18,5 mil pessoas, constatou que 20% dos usuários de maconha do sexo masculino se queixaram de problemas mentais, comparados a 10% entre os não usuários. Os fumantes da maconha se queixaram de problemas como ansiedade, tristeza, melancolia e impaciência.

A proporção foi a mesma para as mulheres – 28% das usuárias se queixaram de problemas mentais, comparados a 14% entre as não usuárias. O estudo constatou que 4% das pessoas com idades entre 15 e 65 anos haviam fumado maconha pelo menos uma vez nos últimos 30 dias. A Holanda descriminalizou o consumo e posse de menos de cinco gramas de maconha em 1976 com uma política de "tolerância" oficial.

Do R7


quarta-feira, 6 de outubro de 2010

INSCRIÇÕES DE TRABALHOS PARA ABEAD ATÉ DIA 21


As inscrições de trabalhos para a I Jornada da Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas na Paraíba (ABEAD) podem ser feitas até o próximo dia 21. O evento será realizada no período de 03 a 05 de novembro, no Hotel Caiçara, av. Olinda, 235, na Praia de Tambaú.

O tema central da jornada é a “Atuação do Profissional no Campo da Drogadição: valores éticos e direitos humanos”. O evento é o resultado de uma parceria da associação científica com a Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e o Instituto Federal da Paraíba (IFPB), através da Pró-Reitoria de Extensão.  As inscrições deverão ser feitas no endereço eletrônico:http://www.abead.com.br/eventos/paraiba/ 

Com o objetivo de auto-financiar parte das despesas do evento, será estipulada uma taxa irrisória para as inscrições: estudantes: R$ 30,00 (trinta reais) e profissionais: R$ 50,00 (cinqüenta reais). Os valores devem ser depositados no Bando do Brasil (Ag. 2806-1-c/c 21706-9, com envio do comprovante via fax (83) 3222-3933-FUNETEC-PB ou e-mail:

O evento reunirá profissionais e pesquisadores de renome nas áreas de saúde pública, educação, assistência social, justiça e ciências sociais, a exemplo do psiquiatra Dr. Carlos Salgado, presidente da ABEAD; doutora Inês Gandolfo, da UnB; professora Aparecida Penso, psicodramatista e terapeuta familiar da UCB; doutora Ana Cecília Marques, Uniad; Marta Klumb Oliveira, coordenadora do Programa Saúde na Escola (MEC); Ana Sudária, da Secretaria de Atenção à Saúde do Adolescente, (MS); Drª Nívea Maria Polezer, da Secretaria Nacional de Assistência Social (MDS), dentre outros.

A ABEAD é uma associação que congrega profissionais e pesquisadores do campo da dependência química no Brasil, com afiliados e representações no exterior. O quadro de associados da entidade é composto por psiquiatras, assistentes sociais, enfermeiros, advogados, líderes comunitários, consultores e professores. Atuando no campo da pesquisa científica sobre álcool, tabaco e outras drogas desde 1989, a ABEAD é uma entidade civil, sem fins lucrativos, com sua sede estável em Porto Alegre.

O avanço do uso de drogas em todos os estratos sociais, prejudicando principalmente jovens e adolescentes, justifica os esforços para inserir os profissionais paraibanos no campo dos estudos científicos sobre a drogadição. O evento estará aberto a todos os que se interessam pelo aprofundamento dos conhecimentos na referida área podendo, inclusive, aderirem ao quadro de associados da ABEAD durante a jornada. Mais informações pelos telefones: (83) 3216-7312 ou 2107-4300.

VEJA PORGRAMAÇÃO DEFINITIVA (CONFIRMADA)