quarta-feira, 27 de abril de 2011

CRR-IFPB É LANÇADO OFICIALMENTE EM EVENTO NO AUDITÓRIO DA OAB-PB


Aparecida Ramos, da SEDH, presidiu os trabalhos da mesa


Os integrantes do plano de enfrentamento ao crack e outras drogas do Governo do Estado da Paraíba “União pela vida contra o crack” lotaram, ontem (26), o Auditório João Santa Cruz da OAB, Seccional da Paraíba, para prestigiar o lançamento oficial do Centro Regional de Referência para Formação de Profissionais da Rede de Atenção aos Usuários de crack e outras Drogas - CRR-IFPB, uma ação integrada entre os governos Federal, Estadual e Municipal. O projeto é coordenador pela professora do IFPB, Vania Maria de Medeiros.


O Diretor de Políticas Internacionais e Projetos Estratégicos da Secretária Nacional de Políticas sobre Drogas (SENAD), psicólogo Vladmir Andrade Estempliuk, ressaltou, no evento, a importância dos CRRs no contexto das ações estruturantes do plano integrado de enfrentamento ao crack e outras drogas do Governo Federal. Segundo ele, o objetivo dos Centros é qualificar a rede de atenção aos usuários de drogas através da formação de seus profissionais em nível regional. “O conhecimento científico deve embasar, a partir de agora, todas as ações de prevenção, intervenção e reinserção social de usuários de drogas”, enfatizou ele.

O diretor da Senad antecipou, no evento, o lançamento de um novo edital de chamada pública para financiamento de trabalhos de pesquisa entre os professores que participam das equipes dos CRRs, que são 49 em todo o país. A ação visa contribuir, ainda mais, para a consolidação da formação profissional da rede de atenção aos usuários de crack e outras drogas.

A secretária de Estado do desenvolvimento humano da Paraíba, professora Aparecida Ramos, alegou que os altos índices de criminalidade praticados contra os jovens, principalmente em João Pessoa, estão relacionados à violência do narcotráfico que, segundo ela, não tem a dimensão humana do valor da vida dos nossos jovens. Ramos convocou a todos os segmentos sociais paraibanos para se envolver no enfrentamento ao problema das drogas, ressaltando que a questão extrapola os interesses políticos partidários.

Resgatando o valor da juventude na sociedade, a secretária assinalou que “ela nasce para brilhar”, sendo essa a ideia central do plano união pela vida contra o crack". Desta forma, a coletividade precisa fazer esse esforço conjunto para defendê-la, completou.

O representante da Reitoria do Instituto Federal da Paraíba (IFPB), pró-reitor de desenvolvimento institucional e interiorização, professor Antônio Carlos Varela, disse que só a força das parcerias sociais vai solucionar o grave problema das drogas. Na opinião dele, a saída está na educação dos jovens.



Experiência de Sorocaba-SP




A coordenadora da saúde mental do município de Sorocaba-SP, psiquiatra Maria Clara Schnaidman, socializou a experiência das políticas públicas daquele município que adotou a linha do tratamento comunitário. Segundo ela, a ideia central deste projeto é instalar em cada comunidade um ponto de integração de serviços e estimular o envolvimento da população na busca por soluções para o problema do uso de drogas.

O evento foi encerrado com a socialização da experiência do Governo do Estado de Pernambuco, na área de enfrentamento às drogas, que se constitui no programa Pacto pela Vida. O projeto tem o objetivo de prevenir e reduzir a violência e a criminalidade, através de ações em rede. Os integrantes do projeto trabalham na perspectiva da articulação das ações já existentes no Estado através das câmaras de defesa social, enfrentamento ao crack; câmara de administração prisional, de articulação do Ministério Público e Defensoria, além da câmara de prevenção social.

Os participantes da solenidade assistiram a apresentação cultural do projeto de prevenção às drogas desenvolvido pela Amazona/ESSOR: Rodas de Conversa. A apresentação, que abriu o evento, foi realizada pelos jovens engajados ao projeto que também trabalha na perspectiva da intersetorialidade.


Veja mais fotos do evento


terça-feira, 26 de abril de 2011

Atividades do CRR-IFPB começam com pesquisa entre os profissionais das redes SUS e SUAS

Profissionais das redes SUS e SUAS participam de pesquisa do CRR-IFPB

Os candidatos inscritos para os quatro cursos do Centro Regional de Referência para Formação Permanente de Profissionais da Rede de Atenção a Usuários de Crack e outras Drogas (CRR-IFPB), cerca de 350 servidores públicos das redes SUS e SUAS de diversos municípios paraibanos, lotaram, ontem (25), o auditório José Marques, do Instituto Federal da Paraíba (IFPB), Campus João Pessoa, para a abertura dos trabalhos pedagógicos do referido Centro para este ano.

Durante os dois turnos (manhã e tarde), os alunos participaram do projeto de pesquisa “Perfil do Profissional da Rede de Atenção a Usuários de Crack e outras Drogas. O projeto, que está sendo coordenado pelas professoras Vânia Gico (UFRN) e Socorro Vieira (UFPB), é uma das iniciativas complementares às atividades de formação do CRR para 2011.

A pesquisa pretende, nesta primeira fase, produzir conhecimento sobre a rede de atenção a usuários de drogas com o objetivo de orientar as ações futuras de melhoria dos serviços, atendendo às demandas desses usuários e seus familiares, além de promover cuidados com os profissionais envolvidos com esta questão na Paraíba.

Na primeira parte da pesquisa, os alunos responderam um questionário composto de três partes: caracterização do perfil profissional, atividades profissionais desenvolvidas e a representação social dos profissionais sobre o uso de drogas no meio onde eles atuam. 

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Diretor da SENAD fará palestra sobre capacitação na área de crack e outras drogas em João Pessoa

Dr. Vladimir de Andrade Stempliuk, diretor de projetos da SENAD, em evento acadêmico

O Diretor de Projetos Estratégicos e Assuntos Internacionais da Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (SENAD), do Ministério da Justiça, Dr. Vladimir de Andrade Stempliuk, faz palestra, amanhã (26), às 14 horas, no Auditório da OAB, localizado à rua Rodrigues de Aquino, 37, Centro de João Pessoa, sobre o papel dos Centros Regionais de Referência para Formação Permanente de Profissionais da Rede de Atenção aos Usuários de Crack e outras drogas (CRRs), no plano nacional de enfrentamento ao crack e outras drogas. O evento ilustrará a solenidade de lançamento oficial do CRR-IFPB, em João Pessoa.

O CRR-IFPB está sendo implantado em João Pessoa através de uma articulação política que envolve órgãos dos governos Federal, Estadual e Municipal. A coordenadora de Saúde Mental do Município de Sorocaba-SP, psiquiatra Drª. Maria Clara Schnaidman, realizará a aula inaugural do CRR-IFPB com uma palestra enfocando o tema: “Gestão de serviços públicos de atenção aos usuários de crack e outras drogas”.

A psiquiatra vai mostrar sua experiência profissional no CAPS de Votorantim; no Centro Social do Jovem e no CAPS-AD da Associação Protetora dos Insanos de Sorocaba, com usuários de crack e outras drogas. No mesmo evento, também será socializada a experiência do plano “Pacto pela Vida”, do Governo do Estado de Pernambuco com os membros do Plano “União pela vida contra o crack”, projeto que está sendo articulado pela Secretaria de Estado do Desenvolvimento Humano na Paraíba.

O CRR-IFPB tem o objetivo de promover a capacitação de profissionais que atuam nas redes de atenção integral à saúde e de assistência social com usuários de crack e outras drogas e seus familiares, além de promover ações em rede visando à prevenção, intervenção, reinserção social e recuperação de usuários e dependentes de substâncias psicoativas.

Os CRRs foram implantados, em âmbito nacional, no mês de fevereiro, pela presidenta Dilma Rousseff, em solenidade no Palácio do Planalto, em Brasília-DF, como parte do Plano Nacional de Enfrentamento ao Crack e outras Drogas. O IFPB foi contemplado com um dos 49 centros, a partir de um projeto de extensão elaborado pela professora da instituição,Vania Medeiros.

Na primeira fase do projeto, serão capacitados cerca de 350 profissionais das áreas de saúde e assistência social que integram a região metropolitana de João Pessoa. Segundo Vania Medeiros, um dos aspectos mais importantes do projeto é a formação integrada dos profissionais que atuam na rede básica de atenção à saúde, rede de assistência social e os profissionais de hospitais gerais. A professora também ressalta a integração das políticas públicas educacionais com as áreas de saúde e de assistência social.

Os cursos do CRR serão ministrados por uma equipe multiprofissional oriunda de centros de excelência de várias regiões do país. Na primeira fase do projeto, serão capacitados 350 profissionais, sendo 70 médicos dos programas PSF e dos NASF; 70 profissionais que atuam em Hospitais Gerais; 140 Agentes comunitários de saúde e redutores de danos, profissionais que atuam em consultórios de rua e outros agentes sociais; além de 70 técnicos das redes SUS E SUAS.

Crisvalter Medeiros 
Veja o folder do CRR-IFPB

sábado, 9 de abril de 2011

PESQUISA DA FIOCRUZ FAZ MAPEAMENTO DAS CENAS DE USO DE CRACK EM JOÃO PESSOA


Dênis Petuco apresentou dados preliminares da pesquisa da Fiocruz

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) está realizando o mapeamento das cenas de uso de crack (cracolândias), em 26 capitais brasileiras, no Distrito Federal, nove regiões metropolitanas, municípios de pequeno e médio porte e zona rural. João Pessoa está incluída na pesquisa.

A partir desse mapeamento, a Fiocruz pretende desenvolver o maior inquérito epidemiológico sobre a situação dos usuários de crack já feito em âmbito nacional. O projeto é financiado com recursos da SENAD – Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas.

Uma preliminar do mapeamento das cenas de uso de crack em João Pessoa foi apresentada na última sexta-feira (08.04), durante a reunião dos integrantes do Plano de Ação - União Pela Vida contra o Crack, do Governo do Estado da Paraíba. O evento, que aconteceu no auditório da PBPREV, no período da tarde, foi coordenado pela Secretária de Desenvolvimento Humano do Estado da Paraíba, professora Aparecida Ramos; Pastor João Filho, do Programa Estadual de Políticas sobre Drogas; e pela coordenadora da área técnica de saúde mental da Secretaria Estadual de Saúde, psicóloga Shirlene Queiroz de Lima.

CENAS DE USO DE CRACK EM JOÃO PESSOA

Na Capital paraibana, as cenas de uso de crack mais constantes foram localizadas no centro da cidade e adjacências: Varadouro, Jaguaribe, Tambiá e Parque Sólon de Lucena (Lagoa). Outros pontos de destaque são as praias urbanas: Cabo Branco, Tambaú, Bessa e Manaíra. Uma característica dessas cenas de uso de crack é a densidade de pontos com poucos usuários.


O coordenador da pesquisa em João Pessoa, sociólogo Dênis Petuco, citou o exemplo do Cabo Branco, onde foram identificados 21 pontos, mas cada ponto desses sendo frequentado por apenas três ou quatro pessoas. Já em Mangabeira, não há muita densidade de pontos, mas as cenas são protagonizadas por mais de cem pessoas, e em áreas bastante movimentadas. O pesquisador esclareceu que essas cenas acontecem em casas abandonas, terrenos baldios, praças públicas, algumas ruas, quadras esportivas e matagais próximos às áreas urbanas.

Segundo Dênis, a pesquisa da Fiocruz vai realizar o levantamento fidedigno do número de usuários de crack no país, explorando suas características sociodemográficas e culturais. “Pela primeira vez, teremos o perfil criterioso dos usuários de crack e os danos que o uso dessa substância causa à saúde dessas pessoas”, assinalou o pesquisador que é educador social do CAPS-AD Cabedelo e mestrando do Programa de Pós-Graduação em Educação da UFPB.


O pesquisador tem uma larga experiência de trabalho na área de educação social com usuários de drogas em outras regiões do país. "Aliás, esse é um dos pontos de destaque da metodologia da pesquisa que vai diferenciá-la dos levantamentos anteriores", assinalou.


Segundo Dênis, o trabalho etnográfico da última parte da pesquisa viabilizará o conhecimento em profundidade das características regionais desses usuários, possibilitando a composição do perfil sociocultural dessas pessoas.

A relação etnográfica viabilizada pelo inquérito epidemiológico, prosseguiu o pesquisador, identificará várias questões, a exemplo do risco de uso, doenças não infecciosas, transtornos mentais, interação com outras drogas, além de fazer testes de HIV, hepatites “B” e “C” e tuberculose. “Queremos saber se essa população usuária de crack tem índices mais elevados dessas doenças, ou se o quadro é igual ao da população em geral”, informou.

Dênis explicou a inovação da pesquisa na área metodológica. A triangulação dos dados, ou seja, o levantamento domiciliar, o mapeamento das cenas de uso e o inquérito epidemiológico, vai viabilizar uma representação mais profunda do perfil desses usuários, contribuindo para a elaboração de políticas públicas nas áreas da prevenção, intervenção e reinserção social, de forma mais adequada.

 

A reunião do Plano de Ação - União Pela Vida contra o Crack, da SEDH, contou ainda, com uma exposição das ações educativas realizadas pelo programa “Ruartes”, da Prefeitura Municipal de João Pessoa, que trabalha com meninos e meninas de rua. A coordenadora do CRR-IFPB- Centro Regional de Refrência de Formação Profissional, professora Vania Medeiros, participou do evento, fazendo articulações para o lançamento oficial do projeto em João Pessoa, que acontecerá no próximo dia 26 de abril, durante a realização de um seminário sobre o enfrentamento do crack na Paraíba, promovido pela Secretaria de Estado do Desenvolvimento Humano.  

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