A coordenadora do Centro
Regional de Referência (CRR-IFPB), professora Vania Medeiros, está participando
de um curso sobre Tratamento Comunitário, na área de intervenção social em comunidades de alto risco em uso
de drogas, na Favela da Maré, no Rio de Janeiro.
O tratamento comunitário é
uma metodologia de intervenção em comunidades de alto risco social que vem sendo
implantada em países da América Latina, sob a supervisão do seu criado,
professor Efrem Milanese. Ele é consultor da Caritas Internacional e fez doutorado
na Universidade de Paris.
Essa nova modalidade de intervenção
na área de drogas foi adotada de forma experimental no CRR do IFPB, em João
Pessoa. A metodologia já vem sendo desenvolvida na Argentina, Bolívia, Colômbia, Costa Rica, Chile, El Salvador,
Guatemala, Honduras, México, Nicarágua, Panamá, Paraquay, Peru e Uruguai, cujos
ativistas também estão participando da formação no Rio de Janeiro.
O curso está sendo
ministrado em um equipamento comunitário da Prefeitura do Rio de Janeiro, instalado
na Favela da Maré, com a participação da Ong – Rede Maré. Participam da
formação, além da equipe do CRR da Paraíba, ativistas na área de drogas de
vários países latino americanos.
A formação capacita os ativistas a fazerem contatos com comunidades de
alto risco social e realizar o diagnóstico dos problemas, principalmente sobre
a questão do uso de drogas. Segundo
a professora Vania Medeiros, o mesmo curso será ministrado no IFPB, em João Pessoa, para
a equipe ampliada do CRR e gestores de órgãos públicos, na próxima
segunda e terça-feira (23/24). O curso será ministrado pelo professor Efrem
Milanese.
A professora Vania informou,
ainda, que a Favela da Maré é um complexo habitacional que conta com 140 mil
pessoas. Segundo ela, é uma comunidade de trabalhadores, mas que ainda sofre a
influência do narcotráfico instalado na região. A professora acrescentou que todos os
dias, praticamente, há enfrentamento entre a polícia e os traficantes. As
famílias da comunidade vivem uma dinâmica estressante, tendo que se recolher às
pressas sempre que começam os enfrentamentos.
“No mais é uma comunidade de
trabalhadores onde as pessoas vivem o seu dia-a-dia exercendo suas atividades
profissionais e as crianças indo às escolas. A comunidade também conta com um
intenso comercio local”, assinalou a professora.
Nenhum comentário:
Postar um comentário