segunda-feira, 30 de setembro de 2013

O BRASIL TEM 370 MIL USUÁRIOS DE CRACK


A Fio Cruz divulgou, recentemente, o resultado da primeira pesquisa sobre usuários de crack e outras formas similares da cocaína (pasta base, merla e “oxi”), desenvolvida pela instituição. A pesquisa realizada nas 26 Capitais brasileiras e no Distrito Federal foi coordenada pelos pesquisadores Francisco Inácio Bastos e Neilane Bertoni. 


O resultado do inquérito domiciliar demonstrou que existem cerca de 370 mil usuários de crack e similares derivados da cocaína no País. A pesquisa apontou, ainda, que nos municípios pesquisados a estimativa para o número de usuários de drogas ilícitas em geral (com exceção da maconha) é de 2,28%, ou seja, aproximadamente 1 milhão de usuários. Desta forma, os usuários de crack e/ou similares correspondem a 35% dos consumidores de drogas ilícitas nas capitais. A pesquisa faz parte das iniciativas do Plano de Enfrentamento ao Crack e outras Drogas, sendo idealizado pela Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (SENAD).


O estudo sobre a estimativa do número de usuários de crack e/ou similares nas 26 capitais brasileiras e no Distrito Federal foi realizado por meio de inquérito domiciliar de natureza indireta, ou seja, que não teve como foco primário a entrevista com usuários de drogas (método NSUM - Network Scale-up Method).

NORDESTE

No Nordeste foram identificadas 150 mil pessoas que fazem uso regular do crack. Conforme dados da pesquisa, as capitais da região Nordeste, ainda que estatisticamente apresentem proporções similares de uso frente às capitais da região Sul, foram as que apresentaram o maior quantitativo de usuários de crack e/ou similares.


A pesquisa também levantou informações sobre o uso da substância por menores de idade. Dentre os 370 mil usuários de crack e/ou similares estimados tem-se que cerca de 14% estão nesse segmento da população, representando aproximadamente, 50 mil crianças e adolescentes que fazem uso dessa substância nas capitais do país


Essas proporções de usuários menores de idade variam conforme a região do país. As capitais da região Nordeste são as que somam um maior quantitativo de crianças e adolescentes consumidoras de crack e/ou similares, correspondendo a cerca de 28 mil indivíduos. Enquanto que, nas capitais das regiões Sul e Norte, esse número é de cerca de 3 mil menores de idade, em cada uma dessas regiões.


Esta etapa da pesquisa foi realizada em 2012, com aproximadamente 25.000 pessoas, residentes nas capitais do país. Essas pessoas foram visitadas em seus domicílios e responderam a questões sobre suas redes sociais (de uma forma geral e com um foco em usuários de crack e outras drogas).

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