segunda-feira, 25 de julho de 2011

Violência Silenciosa. Você já sofreu?


Artigo enviado por Graça Soares Diretora Adjunta e Psicóloga da E.M.E. Francisco Pereira da Nóbrega localizada no Cristo. Ela desenvolve um trabalho de sensibilização com respeito a este tema.  


A cada dia, cerca de 1 milhão de crianças sofrem violência em um ambiente considerado seguro: a escola. É o chamado Bullying que são atos de agressão física ou psicológica, sem motivação, intencionais e repetidas praticados por uma pessoa ou grupo de pessoas, com o objetivo de intimidar ou agredir outra pessoa. Apelidos maldosos, piadas humilhantes e até agressões físicas tidas muitas vezes como “brincadeira”, pode causar graves danos ao aprendizado e à formação psicológica; gerando desde queda na auto-estima até, em casos mais extremos, o suicídio e outras tragédias. 


Bullying é uma palavra de origem inglesa, que não tem tradução em português. Se pudesse ser traduzido, seria algo como intimidação, desejo consciente e deliberado de maltratar uma pessoa e colocá-la sob tensão. É uma prática de exclusão, usada preferencialmente com pessoas de baixa auto-estima, tímidas, inseguras, indefesas, insatisfeitas, indecisas, passivas, tornando-se presas fáceis para um Bully.


Bullying não é brincadeira, uma vez que enquanto uns se divertem, outros sofrem. É uma verdadeira violência, humilhação, exclusão, maus tratos, falta de respeito.



Daí a importância da escola está sensibilizada e consciente a respeito deste fenômeno. Vários são os sinais e sintomas que ocorrem por quem é atingido por esse  tipo de exclusão: queda do rendimento escolar, evasão escolar, retraimento, isolamento, queda da auto-estima, da resistência imunológica: angústia, depressão. E em conseqüência de tudo isso, surge o sentimento de vingança, como forma de compensação a tantos sofrimentos enfrentados, durante várias fases da vida.



Daí a importância do trabalho preventivo da escola, da família e da sociedade. É importante que os pais dialoguem, orientem, participem da vida escolar dos filhos estabeleçam limites, regras, estejam atentos à mudanças de comportamento, de atitudes. È preciso ainda saber ouvir, olhar no olho, abraçar, beijar, elogiar, reforçar os sentimentos de segurança e confiança no ambiente familiar. Não ignorar a timidez do filho, nem valorizar o jeito gozador, pois ambos precisam de ajuda.


A escola exerce um papel fundamental na prevenção do bullying. Trabalhando permanentemente com toda comunidade escolar no sentido de incluir práticas educacionais e atividades que fortaleçam a relação pais/alunos/escola. Implantar um projeto que discuta ações minimizadoras que estimulem a discussão sobre essa temática, propondo atividades que trabalhem a afetividade, a emoção, o respeito, a tolerância às diferenças.



O objetivo maior é a construção de uma sociedade mais justa, humana e igualitária, numa busca incessante pela justiça e pelo respeito à dignidade humana.


Não podemos nos calar diante do preconceito e da discriminação. Nossas crianças estão adoecendo. Temos o dever de tornar nossos educandos, pessoas brilhantes, livres e independentes.


Devemos garantir um futuro melhor a estes cidadãos que procuram a escola como um ambiente seguro,  tranqüilo, lúdico, enriquecedor de conhecimento, sendo capaz de integrá-los à sociedade. Esta é nossa meta. Este é o nosso dever. 

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Um abraço: Graça SoaresPsicóloga mg.soares@hotmail.com


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