Ao contrário dos animais, os seres humanos dependem da educação para sobreviver.
É importante destacar que devemos entender educação não apenas como sobrevivência, mas com qualidade de vida, com plenitude, com felicidade. Assim afirma Howard Gardner, o descobridor das inteligências múltiplas: “a educação precisa ser vista como um empreendimento muito mais amplo, envolvendo motivação, emoções, práticas e valores sociais e morais”.
Nesta mesma direção conclamou o poeta inglês Willian Wordsworth: “A criança é o pai do homem’ (The child is father of the man). Isso significa que o destino pessoal de cada ser humano está na dependência da educação. Ela determina o grau no qual os potenciais inatos de cada um serão explorados e utilizados para o seu próprio proveito e para o benefício da sociedade.
Devemos lembrar que educação não é sinônimo de nível de escolaridade. A maior parte da educação humana ocorre de maneira não formal, por intermédio da convivência, da orientação, da imitação, da diferenciação etc, ou seja, é muito mais antiga e ampla do que as instituições formais chamadas escolas.
Na nossa ótica, o mundo contemporâneo alicerçado no materialismo e no mecanicismo desenfreados, tem provocado uma desumanização dos seres humanos; é como se tudo pudesse ser solucionado apenas com a técnica. Tudo se tornou descartável: casamentos, amizades, e até mesmo a vida humana. Precisamos urgentemente rever nosso conceito de educação, de formação humana, de família; enfim, precisamos reaprender a sermos humanos.
Atestam as teorias contemporâneas sobre motivação humana, que as consciências dos homens não podem ser mobilizadas se seu coração não for tocado. Desta forma, creio, que o modelo da educação atual, peca exatamente pela falta da inclusão dos valores espirituais da verdade, do bom, do bem, da justiça, do amor etc, pois estes são elementos indeléveis da natureza humana, e certamente sua negação ou carência, podem estar na raiz de grande parte dos problemas globais contemporâneos, dentre estes a violência e o uso abusivo de drogas.
As escolas formais da atualidade, geralmente formam excelentes técnicos, mas na maioria das vezes péssimos cidadãos. A valorização do ter em detrimento do ser, alimentada por um egoísmo sem limites, onde cada pessoa vale o que tem, deixou a maioria da população extremamente vulnerável a duas grandes doenças da atualidade, além da desumanização, quais sejam: o estresse e a drogadição.
Desta forma, o modelo social do mundo contemporâneo, cujo combustível principal é o capitalismo selvagem, e consequentemente a desigualdade entre os povos, fez com que estejamos sempre administrando crises individuais, enquanto marchamos direto para catástrofes coletivas.
Precisamos urgentemente de mudanças interiores, de uma revolução humana e humanística que mobilize novos valores e aspirações, apoiados em novos níveis de comprometimento pessoal e de vontade política. Como bem disse o sábio Charles Chaplin: “Mais do que de máquinas, precisamos de humanidade”.
Psicólogo e advogado
deusimar.dwg@dpf.gov.br
Parabéns Crisvalter e Vânia, pelo empenho, compromisso e seriedade com que tratam o tema "drogas" e pela realização do evento I Jornada Paraibana da ABEAD, juntamente com toda a equipe de organizadores, do modo especial Gilberto lúcio, representante da Abead no Recife-Pe.
ResponderExcluirRizonete Gomes